Conselho de Mestres da Capoeira de Ilhéus empossa primeira diretoria


Será empossada sexta-feira (13), a primeira diretoria do Conselho de Mestres da Capoeira de Ilhéus, para o exercício 2017-2019. A cerimônia  aconteceu na sede da Academia de Letras de Ilhéus e contou com a presença de autoridades locais. Os componentes foram eleitos no curso deste ano com o propósito de representar as agremiações na formação de Grupos de Trabalho (GT), junto ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

Desde que foi fundada em 2016, o Conselho de Mestres trabalha em parceria com as secretarias municipais de Educação (Seduc) e Cultura (Secult) na implementação das políticas de salvaguarda da Capoeira. Segundo o presidente e mestre Jenilson Negão, o Conselho nasce com o objetivo de representar estas agremiações que são formadas por articuladores, mestres, contramestres e professores do município de Ilhéus.

Mestre Negão, destaca também o reconhecimento da Roda de Capoeira pela Unesco, em 2014, como uma conquista muito importante para a cultura brasileira. “A capoeira tem raízes africanas que devem ser cada vez mais valorizadas por nós. Agora, é um patrimônio cultural e imaterial a ser mais conhecido e praticado em todo o mundo”, destacou a ministra interina da Cultura”, ressaltou.

Capoeira – Originada no século XVII, em pleno período escravista, a capoeira desenvolveu-se como forma de sociabilidade e solidariedade entre os africanos escravizados, estratégia para lidarem com o controle e a violência. Hoje, é um dos maiores símbolos da identidade brasileira e está presente em todo território nacional, além de ter praticantes em mais de 160 países, em todos os continentes.

O Patrimônio Cultural Imaterial abrange expressões de vida e tradições de toda parte do mundo que ancestrais passam para seus descendentes. Segundo a Unesco, embora procure manter uma identidade e continuidade, esse patrimônio é vulnerável porque muda constantemente. Por isso, a comunidade internacional adotou a Convenção para a Salvaguarda do Patrimônio Cultural Imaterial em 2003.