Crianças com Down têm maior propensão a problemas de visão


Sabe-se que o Dia Mundial da Síndrome de Down é comemorado 21 de março. A síndrome é determinada pela presença de 47 cromossomos em suas células em vez de 46, como a maior parte da população possui. As pessoas com SD podem desenvolver ou nascer com problemas na visão, daí a importância em alertar para a necessidade de acompanhamento oftalmológico durante toda a vida.
Dr. Bernardo Almeida, especialista em oftalmologia geral e catarata do DayHORC, empresa do Grupo Opty em Itabuna (BA), explica que o astigmatismo, o estrabismo, a hipermetropia, a miopia e a catarata congênita são alguns dos problemas oculares prevalentes em pessoas com Down. ”Muitas crianças têm estrabismo (são vesgas), inflamações das margens das pálpebras (blefarite) e, às vezes, movimento rápido dos olhos (nistagmo). Algumas têm dificuldade para ver de longe, e outras 20% para ver de perto ou têm os canais lacrimais obstruídos”, diz.
O especialista comenta que 3% dos bebês que são acometidos com trissomia têm cataratas congênitas. De acordo com ele, é importante identificar a condição o mais rápido possível, pois, caso a catarata não seja removida logo após o nascimento, a criança pode ficar cega. “Através de uma cirurgia simples é feita a remoção. Após o procedimento, é preciso usar óculos para a correção apropriada, o que vai garantir uma visão adequada para a criança”, esclarece.
O médico do Grupo Opty comenta ainda que muitos desses problemas podem ser corrigidos com o uso de óculos. “O uso de lentes bifocais podem ajudar crianças com Down. Existem no mercado algumas armações desenhadas especialmente para quem tem a síndrome”, conclui.

Recomenda-se que, durante a infância, a criança passe por uma consulta com um oftalmologista pediátrico uma vez por ano.