Ela puxou rabo de boi, mas fez sucesso também nas passarelas


Texto Valdenor Ferreira


Teve choro, além de muitas risadas e revelações. Enfim, teve de tudo! Não poderia ter sido mais divertida a live em que Elisandra Curvelo, da Cia de Eventos, caiu na sabatina em uma roda de conversa com amigas. Uma delas, Flávia Ramos, empresária de Salvador, que a convidou para o encontro. Rolaram coisas do “arco da velha”, e nada ficou sem resposta.

Elisandra Curvelo. Fotos: arquivo pessoal

Com seu jeito descontraído, Elisandra foi saudosista ao lembrar da habilidade que tem com cavalos. E confessou que chegou até a ganhar dinheiro como amazona. Entre uma risada e outra, a empresária narrou a experiência de puxar rabo de boi e disputar provas em rodeios.

Foi assim, disputando prêmios de vaquejada em vaquejada, que ela conseguiu os primeiros recursos para tocar a vida. E tudo começou muito cedo. Com 15 anos, emancipada pelos pais e com o dinheiro que juntou das vaquejadas, Elisandra deixou Jacareci (distrito de Camacan) e foi morar em Itabuna.

Deixou para trás, no lugar onde nasceu, uma vida de muita diversão, marcada pela aventura de cavalgar em busca de um sonho: trabalhar, ser reconhecida, ser feliz. Em Itabuna, Elisandra conseguiu tudo isso, a começar pelo trabalho.

Apesar da pouca idade, ela estreou no comércio, o que lhe permitiu a entrar no mundo da moda. Uma loja de roupas que montou na Paulino Vieira serviu também para aproximar a jovem empresária dos concursos de modelo, que lhe renderam bons resultados.

CONQUISTAS

As passarelas deram a Elisandra títulos de Miss Itabuna, Rainha da Primavera e Garota Coca-Cola, dentre outros. Este último concurso, organizado pelo saudoso colunista Charles Henri, foi o que mais fortaleceu sua carreira de modelo. E a menina de Jacareci (quem diria!) foi parar no Rio de Janeiro.

Lá, inebriada pelo frisson da moda, ela trabalhou durante dois anos em uma agência. De volta, trouxe na mala experiência de vida e o desejo de empreender. Primeiro, recém-formada em Educação Física, ela montou uma academia de ginástica, a Exit.

Depois, foi a vez da Cia de Eventos, empresa que até hoje alimenta em Elisandra essa entusiasta relação com o mundo das passarelas e da moda. É na Cia de Eventos, revela a empresária, que ela não somente forma novas modelos, novos modelo, mas também constrói boas amizades.

Na live, por exemplo, foi notada a participação de Aline Rosa. Isso mesmo! Aline, ex-vocalista da banda Cheiro. Para quem ainda não sabe, a artista, hoje em carreira solo, trabalhou com Elisandra na Cia de Eventos. Da mesma forma que Samara Batista e Dani Brugni, hoje igualmente profissionais de sucesso.

O bate-papo, iniciado perto da meia-noite de segunda-feira, 8, foi até o comecinho da madrugada. “Todo mundo ainda queria mais”, disse Elisandra ao mostrar sua satisfação em expor passagens significativas de sua vida. A live, portanto, lhe deu esta oportunidade.

Disse Elisandra que a live foi também o momento certo para fazer um agradecimento a Flávia Ramos. “Ela me deu um ombro amigo pra chorar quando perdi o meu marido”, lembrou a dona da Cia de Eventos, viúva há três anos.

Com o marido doente, Elisandra disse que passou um ano direto em Salvador. E foi lá que Flávia lhe deu assistência “no momento mais triste de minha vida’. A emoção, portanto, marcou o encerramento do encontro virtual, tão em moda nesses tempos de pandemia.