Salões apontam efeitos negativos da água salgada sobre cabelos em Itabuna


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A água salgada compromete o viço das madeixas (Foto: Ilustrativa)

Se fôssemos enumerar as principais preocupações de uma mulher em relação à aparência, certamente o cabelo estaria nas primeiras posições. Todas querem ter madeixas macias, brilhantes e bem cuidadas, não é? O que fazer, então, se a água do chuveiro cai salgada, como acontece neste momento em Itabuna? Que tipo de efeitos a salinidade provoca nos fios?

Para Josefa do Carmo Melo de Santana, do salão Jô Cabeleireira, o resultado não é bom. “O cabelo fica pesado, opaco, sem vida; nem se compara com o efeito da água normal. Algumas clientes estão se queixando, também, de queda”, descreveu.

A mesma posição é compartilhada pela empresária Livana Fontes, uma das sócias do salão Biboca Cabeleireiros. “As consequências não só para os cabelos são as piores possíveis. A água salgada dá muito peso, a raiz extremamente oleosa. Além de modificar o PH do couro cabeludo e do fio, altera a cor, tira a umidade … portanto, resseca!”, apontou.

Alternativa em casa

Perguntamos às duas profissionais como minimizar tais efeitos negativos, já que grande parte das pessoas não tem condições de adquirir água mineral exclusivamente para a lavagem das madeixas. “A alternativa que eu sugiro é que, pelo menos, enxague com água doce ao retirar a hidratação e o condicionador”, recomendou Jô.

Na mesma linha, uma opção encontrada por Livana é o uso da água da chuva para enxaguar os fios. Aliás, tal tipo de captação está sendo visto como medida de uso racional, sobretudo nestes tempos de escassez.

Desconto no salão

Para Jô, que tem um salão no bairro Fátima, os prejuízos decorrentes da falta de água já são grandes. Como está sem abastecimento há quase 30 dias, decidiu comprar alguns litros, para manter o estabelecimento funcionando e não perder ainda mais clientes. Além disso, oferece descontos de 5% a 10%, a depender do serviço, para quem já vai com o cabelo lavado ou quem leva sua própria água.

Já o salão “Biboca” utiliza água de poço como saída para o desabastecimento na cidade. “Não tivemos prejuízo algum por causa disto, a não ser pela conta altíssima apresentada pela Emasa!”, criticou.