De São Paulo para Itacaré, Magna Roque dá show na arte de cortar cabelos


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Um dom que se transformou numa verdadeira arte e que tem feito literalmente a cabeça da mulherada (até das mais exigentes) e também dos homens. Estamos falando da mineira Magna Roque, que morou grande parte de sua vida em São Paulo. Estilista em cabelos (hair stylist), ela trouxe para o sul da Bahia toda a sua técnica e experiência adquirida em mais 30 anos de profissão.
E é num “paraíso” chamado Itacaré que a cabeleireira inaugurou recentemente o seu salão de beleza, que ganhou o mesmo nome da empreendedora. O Magna Roque que fica no tradicional, colonial e charmoso Casarão Amarelo.
O carro-chefe, claro, é o corte de cabelos. Isso não significa dizer, contudo, que o salão não ofereça outros serviços. Afinal, o espaço é um lugar de transformação. “Nós cabeleireiros trabalhamos com a autoestima das pessoas e não podemos esquecer disso. Podemos até mudar o destino de uma pessoa através dos cabelos”
O amor pelo que faz está explícito no brilho do olhar da estilista quando ela fala sobre o trabalho. “Não sou apenas cabeleireira, sou criadora e esta é a melhor parte do trabalho, criar e cortar. Criar já é um pouco automático, a gente cria o tempo inteiro, na rua, nos comércios. Eu olho nas pessoas e já vejo tudo que está errado e o que deveria melhorar. Vivo cortando os cabelos das pessoas mentalmente! rs..”.
Magna mudou-se para a Itacaré há cinco anos. Antes, era proprietária de um salão grande na cidade de Caraguatatuba em São Paulo. Em 2004 ela viajou para a Europa,com o objetivo de fazer uma reciclagem. Lá conheceu uma empresária de Itacaré, se tornaram amigas, assim surgiu o convite para Itacaré, onde gerenciou uma pousada, recanto de muitos artistas nacionais e internacionais.
No entanto, após quatro anos, Magna resolveu que era hora de voltar a fazer o que mais amava: cortar cabelos. E surgia aí o salão, que começou em sua casa. “Penso que se o profissional não tiver amor no que faz, ele será apenas mais um em sua área, acho que devemos sempre fazer à diferença em qualquer coisa que nos propomos fazer. Cada cabelo que faço é como se eu estivesse fazendo minha obra prima. Faço pra me agradar, porque sei que quando fico feliz com o resultado a cliente ficará super feliz, porque meu nível de exigência é bem mais alto que o dela”, avaliou.
A nova estrutura foi inaugurada há dois meses, com uma bela recepção regada a um delicioso coquetel e uma boa música ao estilo voz e violão. “Acredito que o dinheiro é apenas a consequência do meu trabalho, não o coloco em primeiro lugar, tem que haver o “Eu adorei” aí sim tenho prazer em cobrar, se acontecer de eu não gostar do resultado eu não cobro, porque não acho justo”.
Muito requisitada, a cabeleireira disse ter conquistado clientes até fora do país. Em Miami, por exemplo, ela já tem uma clientela fiel, que começou com as amigas da filha que vive lá e foi se propagando. “Agora quando chego, muitas vezes tenho rejeitar, porque se não fico só trabalhando”, brinca.

Alem do salão ela faz também algumas apresentações de cortes em alguns eventos para cabeleireiros aqui na região, e pretende fazer alguns workshops de cortes de cabelos, ensinar suas técnicas à outros profissionais porque acredita que conhecimento deve ser passado.

De berço
A paixão de Magna por cabelos pode ter uma explicação. Veio de berço. É que a profissional faz parte de uma família de grandes cabeleireiros do litoral Norte de São Paulo. Tem uma irmã famosa no ramo, dona de dois renomados salões – em São Sebastião e outro em Ilhabela, além de uma empresa voltada apenas para casamentos. Por ter influenciado um novo comportamento nos paulistanos, “fazer casamentos na praia” ela será destaque na revista Vogue do próximo mês.