Lançar uma coleção de livros para o público infanto-juvenil a partir de obras de dança da Bahia é o fundamento do projeto “Coreografias de Papel”, que abre convocatória para selecionar uma das obras que serão fontes inspiradoras desta proposta. Até o dia 3 de julho, artistas residentes em todo o território baiano podem se candidatar a participar do desafio de transpor uma criação coreográfica de sua autoria para um livro-objeto que desperte o interesse da infância e juventude. Interessados devem se inscrever por meio de formulário online disponível em http://bit.ly/coreografiasdepapel.
“Coreografias de Papel” é coordenado pela TANTO – criações compartilhadas, formada pelos artistas-designers-arquitetos Daniel Sabóia, Fábio Steque e Patricia Almeida, e pelos coreógrafos Neto Machado e Jorge Alencar, vinculados à Conexões Criativas, braço editorial da Dimenti Produções Culturais. Coletivamente, eles definirão, junto com o(a) artista escolhido(a), formas de traduzir o universo da obra cênica para a fruição de uma dança recriada em livro-objeto, configurando novas estratégias coreográficas que impactem a percepção de corpo e movimento de pequenos leitores. Para tanto, serão exploradas ferramentas de design editorial, ilustração, escrita e edição, utilizando de maneira plástica e narrativa os elementos constitutivos do livro: texto, elementos gráficos, textura do papel, costura, dobra etc.
Muito além de registrar espetáculos de modo tradicional – fotos e vídeos de divulgação, sinopse, bastidores, argumento etc. –, a ideia é permitir a reinvenção das peças de dança, assim também compondo uma memória recente da produção coreográfica da Bahia e mobilizando uma nova geração junto à dança brasileira atual. Para concorrer, o trabalho não precisa ter sido inicialmente pensado para o público infanto-juvenil, mas é importante que o(a) artista esteja instigado com a ideia de se relacionar com essa plateia.
“Coreografias de Papel” foi contemplado pelo Edital Setorial de Dança 2016, tendo apoio financeiro do Governo do Estado, através do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia e Secretaria de Cultura da Bahia. O projeto prevê a realização de dois volumes iniciais da coleção: além do que será surgido da convocatória pública, também fará parte um volume advindo da peça “Desastro”, de Neto Machado. As duas obras originárias serão encenadas no evento de lançamento dos livros, em Salvador, em data a ser definida.
O(a) selecionado(a) será remunerado pelo desenvolvimento do livro e também pela apresentação da peça/espetáculo/intervenção, conforme regras descritas no regulamento da convocatória, disponível no link de inscrição.
Fundo de Cultura do Estado da Bahia (FCBA) – Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura e da Fazenda. O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamenteculturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em 4 (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse: www.cultura.ba.gov.br
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