Nem a chuva que caiu durante todo o final de semana no Sul da Bahia tirou o brilho do Mutirão do Diabetes de Itabuna, promovido pela ONG Unidos pelo Diabetes e Hospital Beira Rio, que em sua 20a. edição se consolidou como o maior evento de prevenção e tratamento da doença no Brasil, com seu modelo replicado em mais de 30 cidades em vários estados e no Exterior, a exemplo da Dinamarca.
Foram cerca de mil atendimentos no HBR, em especialidades como exame de fundo de olho, rim e pé diabético e cardiológico e telemedicina. Uma das novidades deste ano foi o uso de inteligência artificial, que agiliza todo o processo de detecção e diagnóstico da doença e seu tratamento adequado. Os casos mais graves serão encaminhados para tratamento com acompanhamento permanente na rede básica da Secretaria Municipal de Saúde.
Na Praça Rio Cachoeira, a Cidade do Diabetes aconteceram as ações de prevenção como testes de glicemia, oficina de nutrição, saúde bucal, uso de insulina, oficina do pé diabético, além dos estandes do Rotary e do Lions Clube, com campanhas de orientação e distribuição de material educativo.
No domingo, dia 10, mesmo em meio à chuva, o Aulão Fitness foi marcado pela animação e espírito de confraternização de pessoas de todas as idades. Já a Pedalada Azul reuniu cerca de mil ciclistas e percorreu avenidas do centro da cidade, incentivado a prática de exercícios físicos para uma vida saudável.
DEPOIMENTOS
O coordenador do Mutirão e presidente da ONG Unidos pelo Diabetes, Dr. Rafael Andrade, destacou que “mais uma vez mostramos ao Brasil que como é importante essa grande mobilização em torna da prevenção de uma doença silenciosa mas que oferece graves riscos à saúde. São 20 anos de uma ação que orgulha todos os itabunenses”.
Vilma Barbosa, presidente do Conselho Brasileiro de Oftalmologia ressaltou que “temos trabalhado na prevenção de doenças, buscando com que a população se conscientize da importância do cuidado para prevenir a perda da visão. Esse mutirão é um exemplo para o Brasil”.
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A Dra. Ana Carolina Sarmento Carneiro, da Comissão de Prevenção a Cegueira do CBO afirmou que “o voluntariado é uma oportunidade para a gente também desenvolver outras habilidades como a empatia, desenvolver uma sensibilidade para que a gente não deixe de lado essas ações”.
O Dr. Fadlo Fraige, presidente da Federação Nacional do Diabetes e coordenador da Federação Internacional do Diabetes para a América do Sul, disse que “é fundamental chamar a atenção da população, dos gestores de saúde, e dos profissionais de saúde para a magnitude do diabetes, que é a principal doença crônica que mais mata, que mais dá complicações e todas as complicações que nós conhecemos podem ser evitadas”.
O Dr. Paulo Henrique Morales, oftalmologista e professor em São Paulo, ressaltou que “o Dr. Rafael com aquele espírito que ele tem mobiliza toda uma cidade junto trazendo cada um como uma pessoa que quer e pode se comprometer com um mutirão dessa importância para a saúde pública”.
Para o Dr. André Castelo Branco, oftalmologista retinólogo e professor da UFBA, “a gente sente prazer em participar desse mutirão que hoje é o mais importante da América Latina, um modelo inovador que concilia educação, cuidado sistêmico e olhos.
A Dra. Maira Dantas, do Conselho Federal de Medicina na Bahia, destaca que “Itabuna e todos os médicos, profissionais de saúde, autoridades e voluntários que participam desse belíssimo trabalho que vem sendo feito aqui com seriedade, competência e ética há 20 anos”.
Para o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz, Alessandro Fernandes, “esse é um projeto maravilhoso o mutirão do diabetes que extrapolou as fronteiras de Itabuna e da Bahia, sendo modelo para vários outros estados brasileiros. A UESC tem orgulho de, desde a primeira edição, ser parceira nesse ato que é um ato de humanidade, um ato social, um ato da medicina, mas, acima de tudo, um ato que envolve diversas instituições e pessoas”.
Danilo Amorim, coordenador do Núcleo Regional de Saúde da Sesab no Sul da Bahia, afirmou que “o mutirão tem uma estrutura muito bem organizada e a gente fica na expectativa que aqueles pacientes que tenham identificado algum avanço maior da doença, possam seguir com o atendimento. Esse é um modelo que pode ser adotado pelo Governo da Bahia em todas as regiões do estado”.
De acordo com a subsecretária de Saúde de Itabuna, Lânia Peixoto, “o mutirão é uma parceria com a prefeitura, com o público, o privado e a sociedade civil organizada, onde a gente faz um trabalho há 20 anos, não só pela obrigação da saúde, mas pelo carinho e cuidado com as pessoas”.
Monica Viana, nutricionista e educadora sobre o diabetes da FENAD, afirmou que “esse é um projeto que cuida e instrui as pessoas que têm diabetes, seus familiares, os cuidadores, além de mobilizar os profissionais da saúde. Queremos multiplicar o conhecimento do cuidado de pessoas com diabetes”.
(Fotos Pedro Augusto)
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