Três dias de festival literário em Ilhéus


Indy Ribeiro, Roger Ferreira, Sheilla Shew, Luh Oliveira e Tácio Dê, coletivo responsável pela organização do evento.

    Ilhéus, no sul da Bahia, vai receber a 3ª edição do Festival Literário Sul – Bahia (FLISBA), que acontecerá entre os dias 17 e 19 de novembro de 2022. Pela primeira vez, o FLISBA ocorrerá de forma presencial e as mesas principais serão transmitidas pelos canais do  Flisba na internet. O Festival este ano tem como tema: Resistência Cultural – Literatura, Educação e Liberdade. O objetivo dos organizadores é reunir os escritores e as diversas pessoas interessadas nas diversas linguagens artísticas para refletirem sobre a literatura e as artes e suas conexões com a educação e a liberdade. A programação envolve mesas, conversas, saraus, música e oficinas, além do Slam Sul – Bahia Magnus Vieira, competição de poesia falada.

    O FLISBA DE 2023 homenageia duas grandes personalidades da cultura sul-baiana, a professora Tica Simões e o professor Apolônio Brito. Ambos possuem uma forte atuação na área da educação na Bahia. O professor Apolônio Brito nasceu em 1919 num remanescente de quilombo. Em pleno século XX, foi escravo por um ano em troca do enxoval de casamento de sua irmã, conta o professor Samuel Mattos no livro “Apolônio, o multiplicador”, de lá para cá se tornou um referencial no sul da Bahia. Por sua vez, a professora Tica Simões consolidou uma carreira de ensaísta e docente na antiga FESPI e atual UESC, onde colaborou para as pesquisas nas áreas da cultura e do turismo, desenvolvendo inúmeras ações de promoção nas respectivas áreas. Ela acabou de ser eleita para fazer parte da Academia de Letras de Ilhéus e já integra a Academia de Letras de Itabuna desde a fundação.

    As mesas e conversas contarão com diversos escritores e escritoras, como: Aleilton  Fonseca, Maria da Luz Leite, Marcus Vinicius Rodrigues, Marcos Luedy, Rita Santana, Efson Lima, Katiana Rigaud (Clube de  Lu), Valdeique Oliveira (Café com poema),  Lia Sena (Mulherio das Letras – Bahia), Clarissa Melo, Ramayana Vargens,  Ruy Póvoas, Ana Lúcia Santos,  Daniel – Ladrão de Livros,  Alex Simões, Pawlo Cidade, Silmara Oliveira, Geraldo Magela, Adroaldo Almeida, Gabriel Nascimento, Mestra Janete Lainha, Jailton Alves, André Rosa,  Luh Oliveira, Indy Ribeiro, Fabrício Brandão e Dan Gomez, entre outros convidados que participarão das discussões.

    Haverá no primeiro dia do evento, dia 17/11, além das mesas e conversas uma concentração cultural na frente do Teatro de Ilhéus,  que marcará a abertura oficial do evento. Vão ocorrer também apresentações circenses e de grupos culturais da região. Todas as atividades do FLISBA são gratuitas e a expectativa dos organizadores é reunir as pessoas interessadas na literatura, educação e gestão cultural. 

    Algumas editoras vão participar do evento com exposições e vendas de livros, além de lançamentos literários que serão promovidos durante o FLISBA, confirmando um dos objetivos dos organizadores que é aproximar os escritores de seus leitores.

    Para Luh Oliveira, integrante do coletivo FLISBA e uma das organizadoras do evento,  “o Flisba vem imprimir sua marca nas ruas de Ilhéus e traz para a nossa cidade uma rica contribuição com o tema Resistência Cultural, derramando mais literatura, mais arte, mais debates sobre a cultura. Ilhéus é uma cidade fértil para as artes, em especial, para a Literatura”, concluiu a imortal da Academia de Letras de Ilhéus. 

    Para os membros do FLISBA será uma oportunidade de comemorar o retorno das atividades presenciais e celebrar a literatura e as artes como estratégias de resistência cultural. O FLISBA é uma realização de professores, estudantes, escritores e gestores culturais do sul da Bahia e conta com o apoio das Academias de Letras de Ilhéus, Canavieiras, Itabuna e Grapiúna. A Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Espore do Estado da Bahia (SETRE) apoia a iniciativa, assim como o Centro Público de Economia Solidária ( CESOL) – Litoral Sul e Casa de Taipa.

    Para o escritor e presidente da Academia de Letras de Ilhéus,  Pawlo Cidade, “o FLISBA vem se consolidando como um coletivo que prima, sobretudo, pela excelência da literatura sulbaiana”, conforme atesta a programação do evento. Para Silmara Oliveira, uma das organizadoras do FLISBA, o sentimento de fazer o  Flisba presencial é de colaborar para o renascimento do fomento às artes na região e colaborar para a diversidade da cultura na região sul da Bahia.

     Mais informações poderão ser obtidas pelo e-mail dos organizadores: [email protected]  e pelas redes sociais: @flisba

Programação completa

17 de NOVEMBRO (Quinta-feira)

09h às 20h 

Feira de Livros

Local: Hall do Teatro Municipal de Ilhéus   

9h às 10h30min

Mesa 01

Uma viagem literária a bordo de Adonias Filho, Marcos Santarrita e Jorge Amado

Com Maria da Luz Leite, Silmara Oliveira e Tica Simões

Mediação:  André Rosa

Local: Academia de Letras de Ilhéus   

11h às 12h30min

Mesa 02

“Com o mar entre os dedos”: liberdade de expressão e a produção cronística de Antônio Lopes

Com Aleilton Fonseca e Efson Lima

Mediação: Jailton Alves

Local: Academia de Letras de Ilhéus   

14h às 17h

Oficinas

Oficina 1 – Audiovisual ( cinema), com Adroaldo Almeida, Cristina Almeida, Bruno D’DUck e Mariana Diniz

Local: Museu da Capitania/ Palácio Paranaguá 1º andar

Oficina 2 – Escrita Criativa, com Marcus Vinicius Rodrigues

Local: Casa da Arte Baiana, Rua Lavigne de Lemos   

17h às 18:30h

Roda de Conversa 1

Educação literária como prática de liberdade

Com Clarissa Melo, Ramayana Vargens e Ruy Póvoas

Mediação: Indy Ribeiro 

Local: Academia de Letras de Ilhéus   

19h às 20h30min

Concentração Cultural

Falas institucionais e Homenagens

Coletivo FLISBA, Academias de Letras – ALITA, ALAC, AGRAL, ALI, SECULT/Ilhéus CESOL/ SETRE

Local: Praça Pedro Mattos

19h às 22h

LANÇAMENTO COLETIVO DE LIVROS 

Local: Hall do Teatro Municipal de Ilhéus   

21h às 22h – Mostra Cultural 

(Música, poesia, dança, rap, etc.)

Dan Gomez(música e poesia)

Local: Praça Pedro Mattos

18 de NOVEMBRO (Sexta-feira)

09h às 20h

Feira de Livros

Local: Hall do Teatro Municipal de Ilhéus   

9h às 10h30min

Conversa com poetas

O que em mim principia, a poesia

Com Marcus Vinicius Rodrigues, Marcos Luedy e Rita Santana

Mediação: Tales Pereira/ Tallýz Mann

Local: Academia de Letras de Ilhéus    

11h às 12h30min

Roda de Conversa 2

Tecendo redes: o movimento literário nas redes sociais

Com Katiana Rigaud (Clube de Lu), Valdeique Oliveira (Café com poema), Kali Oliveira ( Conta Preta Conta) e Lia Sena (Mulherio das Letras – Bahia).

Mediação: Tácio Dê

Local: Academia de Letras de Ilhéus

14h às 16h

Oficina 1 – Audiovisual ( cinema), com Adroaldo Almeida, Cristina Almeida, Bruno D’DUck e Mariana Diniz

Local: Museu da Capitania/ Palácio Paranaguá 1º andar   

Oficina 2 – Escrita Criativa, com Marcus Vinicius Rodrigues

Local: Casa da Arte Baiana   

17h às18h30min

Mesa 3

Versos periféricos: pode o subalterno rimar?

Ana Lúcia Santos, Daniel – Ladrão de Livros e Alex Simões

Mediação: Fabrício Brandão

Local: Academia de Letras de Ilhéus

Roda de Capoeira

Formatura do Mestre Juninho Pula Pula

Dia 18/11, às 18:00 horas

Local: Praça Pedro Mattos

19h às 21h30

SLAM MAGNUS VIEIRA 

BATALHA DE POESIA FALADA

MOVIMENTAÇÃO CONCOMITANTE: RIMA, TRANÇA, ETC 

Local: Praça Pedro Mattos

19 de NOVEMBRO (Sábado)

09h às 12h

Feira de Livros

Local: Hall do Teatro Municipal 

09h às 10:30h

(Re)pensando a cultura

Com  Pawlo Cidade, Bruna Setenta, Geraldo Magela e  Adroaldo Almeida

Mediação:  Mestra Janete Lainha

Local: Academia de Letras de Ilhéus

10:30h às 11h

Exibição de Curta-metragem 

DENTRO E AO REDOR

De Bruno D’Duck

OS HOSPEDEIROS FALSOS

De Adroaldo Almeida

Local: Academia de Letras de Ilhéus

11h às 12h 30min

Lançamento do Livro “O rio do sangue dos meninos pretos”, do professor Gabriel  Nascimento  e Movimentação Cultural com a presença de gestores culturais, artistas, escritores.

Local: Academia de Letras de Ilhéus

12:30h    Encerramento com a apresentação da Carta do Flisba

Local: Academia de Letras de Ilhéus

 

Obra de escritor do sul da Bahia alerta para “genocídio do povo preto”


Gabriel Nascimento(foto) lançará seu quarto livro no dia 10 de novembro, em Salvador. Intitulada “O rio do sangue dos meninos pretos”, a obra traz para o debate questões pertinentes com uma narrativa novelesca. A noite de autógrafos será na Sociedade Protetora dos Desvalidos, no Centro da capital baiana, às 17h30.

Visto do passado e contando aos ouvintes do futuro a importante mensagem: “o mundo pode até deixar de ser realmente preto, mas nunca deixará de ser culturalmente preto”, a obra tem a assinatura da Letramento Editorial e tem como plano de fundo o rio Almada, da região Sul da Bahia, que deságua em Ilhéus.

Na história, o rio é vermelho e cresce a cada ano – o que assusta a personagem principal, TioZito. Curioso, ele pergunta a um mais velho sobre qual seria o nome daquele rio. O mais velho, que fala que o nome do rio [O rio do sangue dos meninos pretos], aparece morto. Essa é a largada da história de fuga e investigação de TioZito, que é acompanhado de duas mulheres: Rita de Cássia e Maria Raimunda.

Os exemplares estarão disponíveis no dia do lançamento para compras físicas. O evento conta com patrocínio da Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) que acredita na literatura como vetor de transformação social.

Questionamentos

O rio do sangue dos meninos pretos é uma fábula policialesca que se passa em um mundo onde não existem pretos, mas um rio grande e vermelho que cresce dia após dia. Na obra, ao mesmo tempo em que lutam pela vida, os personagens refletem sobre sua própria identidade que foi tomada de forma cruel por muitas gerações. Quem seriam os pretos? Qual o mistério por trás do rio? Essas são algumas questões colocadas pelo autor que provocam a reflexão sobre o genocídio da população preta no Brasil.

O autor

Gabriel Nascimento é professor na Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB), escritor e linguista. Doutor em Letras pela Universidade de São Paulo (USP), tendo recebido o título de mestre em Linguística Aplicada pela Universidade de Brasília (UnB), Gabriel concluiu a graduação em Letras Inglês Português pela Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc). É sócio da Latin American Studies Association (LASA), Associação Brasileira de Pesquisadores Negros (ABPN) e Associação de Linguística Aplicada do Brasil (ALAB) e, em 2019, publicou pela mesma editora o livro “Racismo linguístico: os subterrâneos da linguagem e do racismo”.

Produção de Cacau e Chocolate chega à Universidade Federal do Sul da Bahia


  • Por Celina Santos

O publicitário Marco Lessa, idealizador do Chocolat Festival, é claro em comemorar a aprovação da graduação em Produção de Cacau e Chocolate na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia). “Vejo como uma grande conquista ter um curso de graduação numa universidade federal; é superimportante”, comenta, em entrevista ao Diário Bahia/revista Bellas 

Sobre a faculdade a ser iniciada, ele disse ter uma convicção: “a força do cacau e do chocolate como alimentos, ou a possibilidade de aplicação em diversas áreas faz com que um curso como esse crie todas as condições para a gente avançar muito. Fiquei muito feliz com a notícia”.

Questionado para quem seria mais indicado o citado curso, elaborou: “Precisa ser encarado não só para quem tem interesse ou uma relação com cacau sendo produtor, trabalhar em uma fazenda ou tenha um tipo de afinidade com o chocolate ou desejo de aprender. O curso é para quem quer desenvolver o empreendedorismo, quem é da área de confeitaria, de pâtisserie, da área gastronômica, chef de cozinha, é muito amplo”.

Para além do sabor, aponta segmentos outros a partir do cacau. “É uma cultura que se desdobra… é para quem deseja um projeto inovador, nesse universo incrível. Não tenho dúvida que isso será compreendido e aplicado pela comunidade da região, do estado e do Brasil”, afirma ao Diário Bahia/revista Bellas.

Amplas possibilidades

No entender de Marco Lessa, estão abertas novas perspectivas no setor, um dos principais na economia local. “Naturalmente, com esse alinhamento do Governo Federal com o Governo Estadual, vamos ter mais condições de pesquisa, de equipamentos, ampliação do conhecimento na verticalização e agregação de valor ao cacau. Não só com chocolate como outros subprodutos também, estudar outras áreas, aplicando à medicina, à cosmética, à área do alimento funcional, uma infinidade de possibilidades”.

Lessa reconhece que sem investimento em pesquisa, se adia, retarda ou não obtém grandes resultados, sobretudo na inovação. “Com esse curso na Universidade Federal, tenho convicção de que daremos mais um grande salto, além do que já estamos dando e demos na última década, com ações realizadas por empresários. Nós, com o Chocolat Festival, e com o apoio do Governo do Estado”.

Por fim, ele observa que há uma pujança atrelada à história e força econômica do cacau. Entretanto, pondera que ainda está em curso uma construção para consagrar essa condição. “Temos que fazer uma pequena alteração: tirar o ‘l’ de potencial, diminuir e colocar em cima do ‘e’ de potência. Aí, sim, temos que transformar o potencial turístico, econômico, da bioeconomia em potência”, completa.

Prefeitura e FICC promovem o II Circuito da Cultura Afro de Itabuna


Novembro é considerado o mês da Consciência Negra. Com base nisso, a Prefeitura de Itabuna, por meio da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania (FICC) e da Secretaria Municipal da Educação (SEDUC), vai promover o II Circuito da Cultura AFRO de Itabuna.
O evento acontecerá entre os dias 18, 19, 20 e 26 deste mês em parceria com a Setorial de Cultura Afro do Conselho Municipal de Políticas Culturais de Itabuna  (CMPCI), Movimento Beleza Negra e Associação do Culto Afro Itabunense (ACAI).
As atividades serão iniciadas no dia 18 com a realização Caminhada em Reverência a Zumbi e Dandara, com concentração no Jardim do Ó às 14 horas. No dia 19, acontece o Concurso Beleza Negra na Rua Manoel Carmo, nº 110, Bairro Conceição, mediante a entrega de 2 Kg de alimentos.
Não-perecíveis.
Para o dia 20, às 15 horas, está programada a Vigília em reverência a Zumbi dos Palmares, com ponto de encontro no Monumento de Zumbi dos Palmares, na Avenida Princesa Isabel, no Banco Raso.
Já no dia 26, entre 14 e 18 horas, será promovido um encontro de diálogos sobre políticas públicas para os povos de comunidades tradicionais de matriz africana  no Ponto de Cultura (ACAI)  Rua da Inglaterra, nº 497, Bairro São Judas Tadeu.
A data de 20 de novembro é o Dia Nacional da Consciência Negra e celebra a luta histórica de Zumbi, líder do Quilombo dos Palmares, na Serra da Barriga, em Alagoas, considerado um dos maiores símbolos de luta e resistência. Com o projeto, a Prefeitura e as instituições participantes pretendem dar visibilidade às causas e ações da comunidade afrodescendente no município.
Além disso, realçar a importância de Zumbi dos Palmares para as lutas de combate ao racismo, à intolerância e discriminação do povo negro. A ação também tem como objetivo promover o intercâmbio de informações para agentes públicos e sociais com a finalidade de implantar políticas públicas de educação étnico-racial e contribuir para o primeiro Plano Municipal de Cultura de Itabuna.
O evento pretende ainda, incentivar a inserção dos agentes culturais no Cadastro de Culturas e Turismo de Itabuna (CADCULTI) e reunir educadores, estudantes, artistas, ativistas do movimento negro, etc.
Para a diretora de Planejamento da FICC, Bruna Setenta, o projeto é muito importante para a cidade. “Promover ações que corroborem com os anseios da comunidade de matriz africana em nossa região é requisito de atenção do setor da Cultura do município, a fim de contribuir com o processo de reconstrução e ressignificação de conceitos e contextos de valorização identitária do povo negro e de combater as práticas de racismo, intolerância e discriminação”, pontuou.

Ryane Leão, Bráulio Bessa, Allan Dias de Castro e Matheus Rocha falam de poesia na Bienal do Livro Bahia


“Os Poemas Salvam o Dia”. Esse é o título da mesa de debate em que estarão presentes Ryane Leão, Allan Dias, Bráulio Bessa e Matheus Rocha, no próximo dia 13 de novembro, na Arena Jovem, um dos espaços da Bienal do Livro Bahia, patrocinado pela Colgate. Eles debaterão sobre a importância da poesia e o uso das redes sociais para ganhar novos leitores e resgatar o interesse por esse gênero literário. Além disso, a conversa também girará em t

Ryane Leão, uma das convidadas da mesa, é poeta e best-seller de duas obras: “Tudo nela Brilha e Queima”, que foi o seu primeiro livro, lançado em 2017, e “Jamais Peço Desculpas por me Derramar”, de 2019. Também em 2019, ela fundou a Odara – English School for Black Girls, que é uma escola de inglês voltada para a população negra, e segue publicando os seus escritos na página “Onde Jazz Meu Coração”.

Além dela, o poeta, compositor e escritor Allan Dias de Castro (foto) também estará no painel. Seu primeiro livro foi escrito em 2014, com o título “O Zé-Ninguém”. Em 2019, publicou “A Voz ao Verbo”, que deu origem ao projeto homônimo de poesia falada pela internet, que gerou grande  identificação com o público e ultrapassou a marca de 100 milhões de visualizações nas redes sociais.

Já Bráulio Bessa (foto) que também é poeta, nasceu em Alto Santo, no Ceará, e ganhou fama nacional em 2015, quando iniciou sua participação no programa “Encontro com Fátima Bernardes”, da Rede Globo, para divulgar a cultura Nordestina, a poesia e o cordel. Ele é autor dos livros “Poesia com Rapadura” (2017), “Poesia que transforma” (2018), “Recomece” (2018) e “Um carinho na Alma” (2019).

À frente da mediação, está o escritor baiano Matheus Rocha. Ele é jornalista e sua experiência com textos de amor na internet começou em 2012, quando fundou o “Neologismo”, que inicialmente foi um Tumblr, depois virou fanpage do Facebook, blog e, hoje, passeia também pelo Instagram e pelo Twitter, reunindo mais de 1 milhão de seguidores. No seus contos, Matheus fala sobre amor, mas também sobre amizade, sonhos e vida.

Colégio Vitória cria comissão para promover educação antirracista


“É preciso uma aldeia inteira para educar uma criança”. A sabedoria do provérbio africano revela como o senso de comunidade é importante para as relações humanas. Inspirado nessa tradição, o Colégio Vitória definiu, esta semana, em sua comunidade escolar, o marco de um processo fundamental para uma instituição humanista: criou uma comissão que vai promover estratégias e práticas para consolidação de uma educação antirracista.

“Nós compreendemos a escola como reflexo, espelho e continuidade da sociedade. Então, é lógico que esse seja um espaço de diversidade e, por isso, escolhemos começar o diálogo a partir da questões étnico-raciais pela representatividade, já que a Bahia é um estado de maioria de população negra, além dos indígenas que têm uma importância histórica na formação do povo brasileiro”, destaca a diretora Ana Melo, a respeito da iniciativa.

*Manual antirracista*

Na noite de terça-feira (20), uma reunião entre direção, professores, alunos e funcionários criou a comissão e iniciou a discussão para elaboração de um manual antirracista e adaptações no currículo para contemplar as exigências da Lei 10.639/03, que regulamenta o ensino antirracista e torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira. A comissão é coordenada pela educadora Elisa Oliveira, responsável pela área de Filosofia no Colégio Vitória.

Com base em estratégias organizacionais, curriculares e pedagógicas, serão reguladas ações, práticas, escrita de documentos oficiais escolares e formação de educadores, pautadas em uma nova forma de educar que ensine o respeito ao outro, à diversidade, a prática da igualdade racial e a necessidade de combater o preconceito e a discriminação.

Uma das propostas é trabalhar a autoestima das crianças negras, do ponto de vista físico, emocional e intelectual. Também será criado um grupo para compartilhamento de material e haverá maior atenção aos casos relatados.
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TV Santa Cruz recebe inscrições para o Projeto Lápis na Mão


Com o objetivo de contribuir para o desenvolvimento da educação e cidadania nas regiões sul e extremo sul da Bahia, o projeto “Lápis na Mão”, que é parte do calendário pedagógico das escolas da localidade, está com inscrições abertas. Leitura, música, contação de histórias e aulões de redação fazem parte das ações que compõem a iniciativa.

Com o tema “Leituras e Artes: inclusão para a vida”, o concurso de redação, desenho e contadores de história está com inscrições abertas até o dia 10 de outubro. Nessa primeira etapa, as escolas públicas e privadas participantes devem enviar os trabalhos, juntamente com a ficha de inscrição, na sede da TV Santa Cruz, em Itabuna. Há também a opção de envio para o e-mail [email protected] e dos vídeos por whatsApp, no número (73) 9.9997-1606.

Podem participar estudantes da rede pública e privada da região sul e extremo sul, matriculados nos Ensinos Infantil, Fundamental I e II; Médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA), além das pessoas 65+. Os formulários de Inscrição e regulamento estão disponíveis no site www.projetolapisnamao.com.br, onde os participantes terão acesso a todas as informações sobre o concurso. O resultado da primeira etapa será divulgado no dia 31 de outubro.

O Lápis na Mão 2022 tem a realização da TV Santa Cruz, com o patrocínio da SICOOB COOPEC, Prefeitura Municipal de Ilhéus, Suzano e da Faculdade Santo Agostinho (FASA); além do apoio da e Bahia FM Sul e da Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) que fará toda a correção dos trabalhos inscritos.

Chá de Tortas beneficente reverterá renda para compra de cozinha industrial


Fraternidade Nossa Senhora da Aurora, em Ilhéus, realizará um Chá de Tortas com renda revertida à compra de uma cozinha industrial para ampliar a ação junto às famílias pobres beneficiadas pelo instituto com distribuição de sopão, cestas básicas, além de roupas, material escolar e brinquedos para crianças de áreas como o Aterro do Itariri (lixão).

O evento acontecerá no dia 24 de setembro, a partir das 17h, no Centro de Convenções com show musical da Serva Edite de Maria, fundadora da fraternidade. Informações sobre a compra antecipada de ingressos com Irmã Andressa no fone (zap) *73 9 9853-7841*.

Para quem quiser visitar a instituição e fazer doações o endereço é Travessa Nossa Senhora Aparecida, 325 Novo Ilhéus / Iguape.

Formando no Bolshoi, itabunense busca apoio para ir aos Estados Unidos


O jovem Jadeson Santos Reis tornou-se conhecido em Itabuna, quando conquistou uma vaga para estudar no Ballet Bolshoi, em Santa Catarina. Vindo do bairro Fonseca, fazia parte do então projeto Viv-ar-t e tinha nove anos. Hoje, aos 17, o garoto está concluindo o curso no sul do país e foi convidado para estudar no “Miami City Ballet School”, nos Estados Unidos. “Irei ingressar no mês de setembro, no lugar que sempre esteve em meus planos”, revela.

Abraçando a oportunidade, o bailarino itabunense conta com o apoio dos conterrâneos e de todos que acompanham a trajetória dele. Uma vaquinha virtual foi montada, como caminho para obter recursos e manter-se no país vizinho. Quem quiser colaborar pode acessar este endereço.

“Sou grato a todos que me ajudaram a chegar aqui; através dessa vakinha, venho pedir uma ajuda a vocês. Essa é uma oportunidade muito boa e quero aproveitar ao máximo. Preciso arcar com algumas despesas, que infelizmente eu e minha família não temos muitas condições. Venho aqui encarecidamente pedir a ajuda de vocês, para a realização deste sonho. Gratidão”, conclama o jovem dançarino.

Ganhadora nacional do Prêmio Mulher de Negócios destaca oportunidade de compartilhar a própria história


Há 19 anos, o Prêmio Sebrae Mulher de Negócios reconhece histórias de empreendedoras que inspiram e busca incentivar e contribuir para a profissionalização do empreendedorismo feminino. Em 2017, a vencedora nacional foi a empresária de Itacaré, Cida Aguilar, na categoria Pequenos Negócios.

Cida concorreu com outras 27 empresárias de todo país. Ela destaca o reconhecimento e a oportunidade de incentivar outras mulheres por meio de sua história. “Além de reconhecimento oficial, que honrou a minha trajetória, pude contar a minha história e inspirar outras mulheres a seguir um caminho empreendedor com profissionalismo”, conta.

A empresária revelou que, desde criança, sempre gostou de desafios. Cida já atuou como vendedora de roupas e automóveis, e consolidou seu próprio negócio, junto com o companheiro, no ramo da hotelaria com a Pousada Ecológica Pedra Torta, localizada em Itacaré. Ela revelou ainda que sempre buscou a consultoria e apoio do Sebrae.

Fomos pioneiros na cidade com as parcerias do Senac e Sebrae. Fizemos cursos na área de marketing, alimentos seguros, atendimento a clientes, entre outros. Temos uma gestão muito organizada, com missão, visão e valores definidos. Trabalhamos com um serviço de qualidade e valorizamos as pessoas. Não é fácil empreender no Brasil, sobretudo quando buscamos implementar um modelo de excelência. É mais desafiante ainda, contou.

Inscrições abertas
O Prêmio Sebrae Mulher de Negócios 2022 prorrogou as inscrições até o dia 31 de julho. Podem participar, gratuitamente, mulheres de todo o Estado maiores de 18 anos, proprietárias de pequenos negócios, microempresas ou microempreendedoras individuais (MEI) e produtoras rurais que possuam inscrição estadual de produtor, número do Imóvel Rural na Receita Federal (NIRF) ou declaração de aptidão (DAP) ao Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) ou que explorem atividade pesqueira e possuam registro no Ministério da Pesca.

As inscrições podem ser feitas por esse link. A competição tem um histórico de grandes aprendizados e trocas de conhecimento entre mulheres do todo o Brasil. Além das premiações, que incluem capacitações, viagens, tablets, celulares, divulgações, mentorias e networking, as histórias podem inspirar diversas outras mulheres a entrarem para o mundo do empreendedorismo.