- Por Celina Santos
O publicitário Marco Lessa, idealizador do Chocolat Festival, é claro em comemorar a aprovação da graduação em Produção de Cacau e Chocolate na UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia). “Vejo como uma grande conquista ter um curso de graduação numa universidade federal; é superimportante”, comenta, em entrevista ao Diário Bahia/revista Bellas
Sobre a faculdade a ser iniciada, ele disse ter uma convicção: “a força do cacau e do chocolate como alimentos, ou a possibilidade de aplicação em diversas áreas faz com que um curso como esse crie todas as condições para a gente avançar muito. Fiquei muito feliz com a notícia”.
Questionado para quem seria mais indicado o citado curso, elaborou: “Precisa ser encarado não só para quem tem interesse ou uma relação com cacau sendo produtor, trabalhar em uma fazenda ou tenha um tipo de afinidade com o chocolate ou desejo de aprender. O curso é para quem quer desenvolver o empreendedorismo, quem é da área de confeitaria, de pâtisserie, da área gastronômica, chef de cozinha, é muito amplo”.
Para além do sabor, aponta segmentos outros a partir do cacau. “É uma cultura que se desdobra… é para quem deseja um projeto inovador, nesse universo incrível. Não tenho dúvida que isso será compreendido e aplicado pela comunidade da região, do estado e do Brasil”, afirma ao Diário Bahia/revista Bellas.
Amplas possibilidades
No entender de Marco Lessa, estão abertas novas perspectivas no setor, um dos principais na economia local. “Naturalmente, com esse alinhamento do Governo Federal com o Governo Estadual, vamos ter mais condições de pesquisa, de equipamentos, ampliação do conhecimento na verticalização e agregação de valor ao cacau. Não só com chocolate como outros subprodutos também, estudar outras áreas, aplicando à medicina, à cosmética, à área do alimento funcional, uma infinidade de possibilidades”.
Lessa reconhece que sem investimento em pesquisa, se adia, retarda ou não obtém grandes resultados, sobretudo na inovação. “Com esse curso na Universidade Federal, tenho convicção de que daremos mais um grande salto, além do que já estamos dando e demos na última década, com ações realizadas por empresários. Nós, com o Chocolat Festival, e com o apoio do Governo do Estado”.
Por fim, ele observa que há uma pujança atrelada à história e força econômica do cacau. Entretanto, pondera que ainda está em curso uma construção para consagrar essa condição. “Temos que fazer uma pequena alteração: tirar o ‘l’ de potencial, diminuir e colocar em cima do ‘e’ de potência. Aí, sim, temos que transformar o potencial turístico, econômico, da bioeconomia em potência”, completa.