Renata Ettinger lança seu terceiro livro de poemas “A mesma vida é outra”


A obra será lançada em 2 de junho, às 18h30, no restaurante Cuia Gastronomia, no Rio Vermelho, em Salvador.

Um olhar demorado sobre recortes da vida: a poesia, o próprio tempo, o corpo-casa e suas implosões, amores, mortes e renascimentos. É assim que Renata Ettinger dá vida ao seu terceiro livro de poemas ‘A mesma vida é outra’, uma narrativa poética sobre transformações. A obra, publicada de forma independente, já está disponível para pré-venda e será lançada em 2 de junho (quinta-feira), a partir das 18h30, no restaurante Cuia Gastronomia, localizado no espaço Colaboraê, no Rio Vermelho. O encontro contará com sessão de autógrafos e apresentação dos poemas pela autora e convidados. O título custa R$ 40 e estará disponível para venda no site www.renataettinger.com.br ou diretamente com a autora pelo instagram @renataettinger.

Na obra, escrita durante o período de isolamento social imposto pela pandemia, Renata experimenta a ciência do tempo e, por meio de sua escrita potente, nos convida a enxergar que sempre há novas possibilidades dentro da mesma vida. “Gosto de pensar este como um livro sobre transformações e processos. O próprio título já traz a mudança. A mesma vida é outra é um livro de percurso, desses que a gente vai e volta e, se não estamos mais no mesmo lugar, também estamos. É uma espiral. Os recomeços insistem, incluem a estrada já percorrida e incluem nossas transformações. Por isso, também é um livro sobre estar em movimento, sobre o tempo e sobre estar viva”, revela a autora.

O livro tem a orelha assinada pela poeta e fundadora da Editora Mormaço, Maria Luiza Machado; prefácio pela escritora e psicóloga Luisa Benevides, e posfácio por Thainá Carvalho, escritora e colagista. “Em A mesma vida é outra, vemos a mesma mulher-poeta de “Grito”, dos áudios diários de seu podcast e dos pequenos vídeos nas redes sociais. Mas também vemos uma outra: que se sustenta no trabalho com a palavra durante esses dois últimos anos de incertezas e desespero. Ler Renata aqui, é, acima de tudo, relembrar o motivo de termos escolhido ler e fazer poesia um dia, e nos preencher com todos eles para continuar escrevendo, lendo e vivendo”, destaca Maria Luiza Machado.

Sobre a autora

Baiana, nascida em Itabuna, Renata Ettinger é uma poeta e dizedora de versos que encontrou na palavra um lugar de ser. Publicitária e arteterapeuta, ela fala pelos poemas desde os 12 anos e já publicou os livros “GRITO: silêncios ecoando em minha voz” (2020), “Oito Polegadas” (2018) – uma coletânea lançada com os poetas Mário Garcia Jr., Nalini Vasconcelos e Ricardo Guedeville – e “Um eu in verso” (2002), todos de forma independente. Leitora voraz de poesia contemporânea, durante o período de isolamento social, realizou o projeto “Quarentena com Poema (QCP)”, em que compartilhou um poema em áudio por dia com amigos e interessados em poesia. Foram 215 dias consecutivos de poesia para ouvir e sentir, com mais de 70 autores contemplados. Depois, Renata criou o podcast “Trago Poemas”, iniciativa que caminha para o segundo ano em formato semelhante ao QCP. Ambos podem ser conferidos nas principais plataformas de streaming (Spotify, Deezer, Google Podcasts, entre outras). Para mais informações, basta acessar o instagram @renataettinger.

“O Tubarão” cai nas graças dos famosos e revela origem na música


Autor de “Me chama de amor”, estourado, fala sobre planos, sonhos e faz revelações; da Bahia para o mundo.

Por Celina Santos

Olhar sereno e firme; corpo franzino; ouvido atento. Diante da fama repentina, poucos teriam essa imagem do artista que está estourado no mundo com o hit “Me chama de amor”, não é?

Mas foi assim que “John”, o Tubarão, chegou na manhã desta terça-feira (17) à redação do Diário Bahia/Revista Bellas. Veja o que ele nos contou, numa entrevista de aproximadamente 40 minutos.

Nascido em João Pessoa (PB) e registrado como Edielck Lima de Souza tem 18 anos e disse que a famosíssima música surgiu há uns dois meses.

Numa parceria com MC Treyce, cada um escreveu parte da letra e depois juntou. Ele é defensor de ver a “arrochadeira” ganhar o mundo; ela colocou um tempero de funk e… explodiu! E agora?

Durante nosso bate-papo, a música chegava ao “Top 25” no aplicativo Spotfy, em Portugal; ao Top 21 no Paraguai; ao Top 3, no Viral Brasil e Top 23 no mundo.

Ou seja, ganhando o mundo, inclusive com direito a vídeos de famosos mostrando a dancinha no Instagram. Leia-se Anitta, Danny da Timbalada, entre outros. Pronto. A coreografia viralizou (verbo bem da moda hoje, hein?).

Pronto pro auge

A carreira hoje é conduzida pelos empresários baianos (2F Produtora e Bacon Produções) e, simplesmente, só há vaga na agenda de julho em diante. Tá bom?

Mas ele quer muuuuito mais. Frente a frente, vimos um garoto ambicioso, que deseja investir na própria carreira, aprender mais instrumentos (além do violão, que já toca), quer o tingue-liingue da sanfona, teclado…;). Também faz “mídia trainning”, para participar de entrevistas, quer um estúdio próprio, para continuar pondo os próximos hits em formato profissional…

Ah! Ele sonha em ver a arrochadeira com seu devido valor, como ocorre com o pop, o rock, o brasileiro samba, entre tantos outros ritmos. Num sonho bastante nobre, quer ver Trio da Huanna também pelo mundo. A gente adora, hein?

Para lhe contar mais, nosso leitor, seguirá uma segunda matéria sobre a vida desse rapaz criativo, audacioso, que escolheu pintar o cabelo de azul para combinar com o mar e o animal que lhe deu o hoje famoso nome artístico. Que tal?

Exposição “Toponímia de Itabuna: ruas e avenidas revelam histórias” recupera história da cidade


“Toponímia de Itabuna: ruas e avenidas revelam histórias” abre a série de exposições temporárias do novo Centro Cultural Teosópolis. Ela recupera a história de Itabuna, por meio dos seus personagens, desbravadores que construíram e fizeram a história do município sul baiano. Mostra também personagens do cenário nacional que dão nome às ruas da cidade

O novo Centro Cultural Teosópolis, inaugurado na última sexta-feira (6), fica localizado na Praça dos Eucaliptos, no Conceição, em Itabuna.

Desenvolvida pela UESC, a exposição é um verdadeiro sobrevoo sobre o município. Funciona das 14h às 17h30min e conta a história de figuras como o pastor Hélio Lourenço da Silva, Fernando Cordier, Manoel Leão, João Soares, Maria Pinheiro, Daniel Gomes, Sarinha Alcântara, Simão Fitterman, José Alcântara e Paulino Vieira, pessoas que dão nome a ruas e bairros de Itabuna, verdadeiros desbravadores do município.

“A exposição traz para nossos jovens a compreensão de como foi construída a nossa Itabuna”, explica o reitor da Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc), Alessandro Fernandes. A universidade é parceira do projeto.

No passeio por Itabuna, por meio de painéis, é relatada a história de vida de Aziz Maron, Mário Padre, Inácio Tosta Filho, Comendador Firmino Alves, Felix Mendonça, José Soares Pinheiro, Corbiniano Freire e Amélia Amado

A exposição também traz vida e obra de Olinto Leone, primeiro intendente de Itabuna, engenheiro responsável pela primeira planta da primeira igreja Matriz de São José de Itabuna e o primeiro Fórum de Justiça, além de medições para a planta urbana da própria vila. “É uma oportunidade para que a nossa população possa conhecer a nossa história”, diz a educadora Janete Ruiz Macedo, da Uesc.

Homens que deixaram um legado na história de Itabuna e que dão o nome a uma praça, como o pastor Hélio Lourenço da Silva, paraibano com uma vasta obra social e educacional realizada em Itabuna. Exemplo do Mutirão Macho, para prevenção do câncer de próstata, o maior do Brasil. Responsável pela implantação dos Encontros de Casais com Cristo e o Encontro de Jovens, que visam fortalecer as famílias. Ele era casado com a musicista Cacilda Lourenço da Silva, que dá nome ao Centro Cultural.

Traz ainda a história de vida de Laura Conceição, Gileno Amado, o advogado Lafayete Borborema e, também, personagens da vida nacional como Juraci Magalhães e Barão do Rio Branco, que emprestam seus nomes a avenidas e ruas de Itabuna.

A exposição está aberta a estudantes e a comunidade em geral gratuitamente, até setembro de 2022. Visitantes serão guiados para conhecer a exposição e o Centro Cultural.

Mantido pela Associação de Beneficência e Cultura Teosópolis, em uma parceria com a Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC)e a Prefeitura de Itabuna por meio da secretaria de Educação e da Fundação Itabunense de Cultura e Cidadania. “O Centro pertence a Itabuna e seu povo, é um bem cultural para nossa gente conhecer sua história”, pontuou Geraldo Meireles da IBT. Visitas a exposição podem ser agendadas pelo telefone (73) 9 8870-9586.

Sarau leva “Labor de Poetas” ao Shopping Jequitibá nesta terça-feira, a partir de 19 horas


Por Celina Santos

A noite promete no Shopping Jequitibá, em Itabuna, daqui a apenas algumas horas. Um sarau mostra aos amantes da literatura a declamação de textos que compõem o recém-lançado livro “Labor de Poetas”.

Organizada pelo ativista itabunense Egnaldo França, a obra reúne poemas inéditos de nomes envolvidos nas mais variadas profissões.

Professores, estudante, agentes de saúde, contador, servente de pedreiro, enfim, pessoas que aprenderam expressar um olhar sobre a vida, com suas “dores e delícias”. Parafraseando nosso magistral Caetano Veloso, outro artista da palavra.

O lançamento, dia 21 de abril, contou com a participação da banda percussiva feminina Negras Perfumadas, além dos cantores Mitter Amorim, Non Moreira…

Tanto os autores (que, até então, não se sabiam poetas) como alguns dos músicos presentes ao apresentar o livro pela primeira vez deverão dar o “ar da graça” desta terça.

Vamos combinar uma coisa? Imperdível, não é??? Então, vambora!

A seguir, fique de olho na cobertura fotográfica do evento de 21 de abril.

Tâmela França declamando poema do papai, Egnaldo França. Fotos: Celina Santos
O servente de pedreiro José Antônio (Pepino) arrasa na escrita e na declamação
Egnaldo França, com algumas de suas “Negras Perfumadas”
Miguel, contador, encontra na poesia uma catarse (na foto, com o advogado e professor Adylson Machado)
Francisco Benevides assina poemas e também a concepção visual do “Labor”
O professor Gileno Amado, marcante na trajetória de Egnaldo, incentivou e também tem poemas nesse livro
Nathália Santos, de 22 anos, escreve desde a infância
Os cantores Ize Duque e Jonnie Walker, entre os artistas que cantaram no lançamento

 

Teatro de graça e livre para todos os públicos em Ilhéus


 

Depois de mais de dois anos de paralisação das suas atividades presenciais devido a pandemia da Covid-19, o grupo Teatro Popular de Ilhéus (TPI) estreia um novo espetáculo-instalação “Sonhos – o que restou de nós depois da tempestade”, dia 13 de maio, às 21 horas na Praça São João Batista, no bairro do Pontal. O evento teatral é gratuito e livre para todos os públicos.

Esse retorno ao contato direto do grupo com o público ilheense simboliza a chegada oficial do coletivo cênico ao bairro, o qual abrigará a sua nova sede no mesmo endereço onde funcionava o tradicional Clube Social do Pontal. No espaço doado pelos sócios-remidos do clube será construído o mais novo teatro da cidade com projeto assinado pelo arquiteto Carl von Hauenschild. A estreia de “Sonhos” marca ainda o início da programação artística do TPI para o mês de maio, com atividades realizadas a partir desta data também em outros locais da comunidade pontalense.

“Sonhos” é um espetáculo de rua, itinerante, que leva o público num passeio pela história do grupo Teatro Popular de Ilhéus, suas montagens, suas estéticas e seus sonhos. A carroça do espetáculo “Uma certa Mãe Coragem” (2019) conduz o público e atores por três espaços distintos: O museu, o voo e o sonho. No museu estão recortes de uma memória em processo de construção. O voo é a representação da vivência do grupo na Tenda, seu espaço cultural entre 2013 e 2021, que caiu depois de uma forte tempestade no dia 26 de agosto de 2021. De volta à carroça, o grupo voa para o sonho de construção de seu espaço, de seu teatro – ou re-teatro, o teatro refeito. E os artistas põem mãos à obra para construir um espaço de afetos e sensibilidade, colocando na cena a memória recente da montagem de Sonho de Uma Noite de Verão, livremente inspirada na obra clássica de William Shakespeare, que foi  interrompida pela pandemia.

A montagem tem dramaturgia e direção de Romualdo Lisboa e Luís Alonso-Aude. Composições e produção musical de Pablo Lisboa. Cenários, maquinaria, figurinos e adereços de Shicó do Mamulengo. No elenco, Tânia Barbosa, Iara Colina, Elisa Reichmann, Pablo Lisboa, Takaro Vítor e Aldenor Garcia. Iluminação e efeitos de Ely Izidro. Assessoria de Comunicação de Elson Rosário. Produção executiva de Rogério Matos. 

“Sonhos – o que restou de nós depois da tempestade” foi apresentado com sucesso ao público de nove cidades baianas do sertão baiano ao longo do mês de abril de 2022. O espetáculo fez parte da segunda etapa do projeto de circulação, “Shakespeare no Sertão” contemplado pelo Edital Setorial de Teatro 2019 e tem apoio financeiro do Fundo de Cultura, Secretaria da Fazenda, Fundação Cultural do Estado da Bahia, Secretaria de Cultura e Governo do Estado da Bahia. O Teatro Popular de Ilhéus é uma instituição cultural privada, parcialmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia e Governo do Estado da Bahia. 

Labor de Poetas” brinda ao talento de escritores até aqui anônimos


Publicada pela Via Litteraram, obra reúne poemas inéditos; sarau no Shopping


“Labor de Poetas”: a pena mágica de pessoas que escreveram a vida inteira. Na foto com eles, o editor Agenor Gasparetto (Foto: Eric Thadeu)

Nestas ligeiras linhas eu venho te falar/

Na terra grapiúna tem poeta pra a gente babar/

Eles mostram sentimento que faz nosso coração palpitar/

Gente que nem sabia como a alma lavar/

Faz nosso sorriso abrir e nosso olho brilhar/

Como não sou escritora, convido à leitura desta obra que imenso orgulho dá.

Peço licença aos legítimos artistas da palavra, para contar sobre o livro “Labor de Poetas”, lançado em Itabuna no térreo do Espaço Cultural Josué Brandão, em Itabuna, no feriado de Tiradentes, dia 21 de abril. Você vai entender por que a notícia é atual. Aliás, eterna.

Por ironia do tal destino, a obra ora lançada grita para a literatura jamais ser enforcada, nesse turbilhão de informações em que um dia fomos mergulhados. O livro, que já se encontra na Biblioteca Municipal Plínio de Almeida, foi publicado pela Via Litterarum Editora e será tema de um sarau na terça-feira (10), às 19 horas, no Shopping Jequitibá.

Egnaldo França, organizador do livro, é ativista, percussionista, cantor, historiador, agente de saúde, entre tantos atributos. Agora, anfitrião neste tempo de lançamento. Ele também tem poemas naquelas páginas, jogando nas letras parte das tantas causas pelas quais labuta.

Como inspiração, revela que encontrou o professor Gileno Gonçalves, outro autor que derrama poesia naquelas páginas. Vamos a mais nomes e você, leitor, há de reconhecê-los ao ler o livro.

Egnaldo França posa com leitores em dia de lançamento. Entre eles, a vereadora Wilma de Oliveira (Fotos: Celina Santos)

Para todos os gostos

Vinda da região sudoeste (deste estado com tamanho de país!), a agente comunitária de saúde Zayra Lima traz delicadeza ao transferir um pouco da origem dela para a turma do sul baiano. Dono de um olhar crítico, o elegante contador Miguel Cerqueira nem sabia que era escritor e opa! Derrama talento, assim como a professora Nilzete Araújo, trazendo nos versos um verdadeiro brado contra o racismo.

Pelo caminho, a também professora Cristiane Lyra entrega, em forma de rima, um misto de fé e esperança a este mundo tão cético. Já Francisco Benevides, que laborou pela concepção visual desse lindo livro, clama por mais tolerância em um Brasil onde, la-men-ta-vel-men-te, algumas religiões acabam sendo crucificadas.

Nathália escreve desde criança, mas não imaginou estar nas páginas de um livro

Pepino” com sorriso, sim!

E Nathália Santos, do alto dos seus 22 anos? Até aqui, ela também não sonhava o quão profundas são as reflexões escondidas nos seus versos. É o mesmo com o trabalhador rural e servente de pedreiro José Antônio, conhecido como “Pepino” no bairro Maria Pinheiro.

Ele tem como nome artístico HANISTAINE HUSVELT HATSON. Chique, não é? Dono de uma interpretação que nos faz arregalar os olhos, esbanja firmeza ao mastigar cada palavra pronunciada. Vê-lo em cena nos deixa longe de qualquer “pepino” (com o perdão da brincadeirinha infame, viu?).

Curtis MC esbanja crítica por onde escreve

E o Curtis MC garante versos nada curtos, porque o rap traz um olhar profundo sobre as mazelas nossas de todo dia, não é? Os poemas dele também vêm cheios de crítica e cutucam as certezas que imaginávamos ter.

Magia da leitura move trajetórias na Academia de Letras de Itabuna


Por Celina Santos

Em tempos de distanciamento físico, a tela preta do aplicativo zoom serviu como tapete vermelho para a entrada de seis novos membros no rol da Alita (Academia de Letras de Itabuna). Unido pela celebração à literatura, o grupo soma ao conjunto de homens e mulheres a comemorar a primeira década da entidade.

Desde a última segunda-feira (19), foram integrados ao quadro alitano os reitores Alessandro Fernandes de Santana, da UESC (Universidade Estadual de Santa Cruz) e Joana Angélica Guimarães da Luz, da UFSB (Universidade Federal do Sul da Bahia); o médico neurologista Sílvio Porto de Oliveira; professores Charles Nascimento Sá; Reheniglei Rehem e Wilson Caitano de Jesus Filho.

O tema pandemia, causador deste afastamento temporário em favor da saúde, foi mencionado no discurso do juiz Marcos Bandeira, um dos fundadores da Alita. Na recepção aos hoje confrades e confreiras, ele trouxe o conceito de Aldeia Global, de Marshall McLuhan – assim contextualizando a extensão das mudanças impostas ao mundo pelo coronavírus. Apesar dos dissabores enfrentados, considera ser esta uma oportunidade de reflexão para todos serem melhores.

Para mostrar ao mundo

Também fundador da Academia, o escritor Cyro de Mattos lembrou passos da trajetória de uma década, com lançamentos de livros e da Revista Guriatã, que chegou a três edições com conteúdo produzido por integrantes da entidade – artigos, crônicas, contos, poesias, entre outros gêneros.

O professor Ruy Póvoas, outro nome desde o início da instituição, homenageou a ex-presidente, juíza Sônia Carvalho de Almeida Maron, recordando ações marcantes. Entre elas, incursões em escolas da rede municipal e uma reunião no terreiro de candomblé Ilê Axé Ijexá Orixá Olufon.

A presidente da Alita, Silmara Oliveira, é uma entusiasta para as atividades seguirem, inclusive tendo na tecnologia uma aliada; frisa também a relevância de a entidade enaltecer nossos escritores e o valoroso papel da literatura para mostrar ao mundo o sul da Bahia.

“Reunidos, estaremos em condições de trabalhar em prol dessa região, tão agastada por tantas faltas. Enquanto alitanos, cada um em seus postos de trabalho e condição social, é pensar no modo a conduzir nosso grão de areia para esse construto por meio da literatura”, conclamou.

“Faróis para sociedade”

As palavras de cada novo membro da Alita trouxeram revelações do que lhes despertou paixão pela magia da literatura. O professor doutor Alessandro Santana, que tem como patrono o escritor João da Silva Campos, recordou o quanto lhe encantavam as cartas que a mãe lia e escrevia a pedido da parteira “Mãe Preta” em Arataca, cidade onde ele foi criado.

Passeou por nomes que abrilhantam a literatura regional, como Cyro de Mattos e Ruy Póvoas, anotando sobre o papel das academias de letras e das universidades neste tempo de tantas trevas. “Têm obrigação de serem faróis para a sociedade, trazendo conhecimento científico num momento de negacionismo tão forte, mas também trazendo a arte. (…) Neste momento de tanto desespero estamos aqui para trazer coisas positivas, mostrando luz, mostrando que existe expectativa de um futuro melhor e a arte serve pra isso”, sublinhou.

A professora doutora Joana Angélica Guimarães da Luz, trazendo como patrono o escritor Machado de Assis, compartilhou a honraria da posse com os irmãos Jorge, Vera, Isabel, Ana e Nice, para agradecer pela cumplicidade e homenagear a memória dos pais, Juraci e Eunice. “Os grandes responsáveis pela nossa trajetória”.

Nascida em Itajuípe, ela morou em Itabuna, Salvador e abraçou a literatura como paixão, por incentivo dos pais. “Na leitura fugia do barulho de uma casa com quatro cômodos e seis crianças. Quando entrava no mundo dos livros, não ouvia nada, mergulhada no mundo mágico que me era trazido pelas palavras”, recordou a educadora, que retornou a Itabuna após 40 anos, trazendo consigo a Universidade Federal do Sul da Bahia (UFSB).

Logo após o discurso, informou que será disponibilizada uma sala nas novas instalações da reitoria da UFSB, no antigo Fórum Ruy Barbosa, no centro de Itabuna. “Estamos finalizando nossa reforma, para que a Alita faça dali a sua casa”, anunciou.

“Mundo multicolorido”

Ocupando a vaga da saudosa professora Maria Delile de Oliveira, o médico Sílvio Porto tem como patrono o escritor Firmino Rocha, “orgulho desse chão grapiúna”. Citando a experiência profissional e acadêmica no Brasil e exterior, destacou a “possibilidade de contribuir, compartilhar muitas histórias e culturas de um tempo, do povo da nossa terra”.

O professor Wilson Caitano, cujo patrono é o escritor, publicitário, graduado em Direito e capoeirista Augusto Mário Ferreira, notabilizou-se pelas mensagens disseminadas ao escrever obras voltadas para a literatura infantil. Ele contou sobre as influências da infância, tanto pelos livros de Monteiro Lobato como pela poesia de Castro Alves.

Como legítimo herdeiro da oralidade, o docente empossado também reconhece frutos das histórias a ele contadas nas noites de lua cheia no município de Cipó, no nordeste da Bahia. “O escritor traz em sua bagagem uma memória afetiva, que conecta o presente e o passado”, definiu.

Já o professor doutor Charles Nascimento, tendo como patrono o poeta Nathan Coutinho, relatou o quão paralelos são para ele o apreço à história e à literatura. Ainda na adolescência, num distrito de Camacan, descobriu a companhia “do mundo multicolorido das páginas de um livro”.

Um dos nomes históricos no curso de Letras da Uesc, a professora doutora Reheniglei Rehen traz como patrono na Alita o escritor Jorge Medauar. Fez referências filosóficas à obra dele e, a exemplo dos anteriores, encontrou elementos de pertencimento a motivar a escrita desse autor.

A solenidade foi prestigiada pelo secretário estadual de Educação, professor doutor Jerônimo Rodrigues; secretária estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação e ex-reitora da Uesc, igualmente doutora Adélia Pinheiro, além dos ex-reitores Aurélio Ruiz de Macedo, Antônio Joaquim Bastos e Renée Albagli Nogueira; o presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra, junto a outras autoridades.

TPI continua apresentando “Teodorico Majestade” ao vivo em agosto


Em cartaz desde 24 de julho, a nova versão online de um dos principais espetáculos do Teatro Popular de Ilhéus tem feito sucesso. Chegando em sua terceira semana de apresentações, o grupo mantém o ritual de desfechar a noite com um bate-papo virtual entre a equipe, o público e um convidado especial.

No dia 07 de agosto (sexta-feira), o convidado da noite é o ator e diretor Gordo Melo, que além de ter recebido indicações e prêmios em várias montagens das quais participou e dirigiu, também é co-fundador do grupo Vilavox, de Salvador, e tem experiência em gestão pública na área teatral. É idealizador do Festival Maré de Março, coordenador do projeto de formação de jovens atores “Aprendiz em Cena” e co-gestor da Casa Preta Espaço de Cultura. No bate-papo com o TPI, Gordo vai falar sobre Teatro de grupo na Bahia e as trocas do Vilavox com o Teatro Popular de Ilhéus, e sobre como o grupo residente do espaço cultural Casa Preta está se virando durante a pandemia.

No sábado (08), o grupo recebe Maria do Socorro, fundadora e diretora do Instituto Nossa Ilhéus. Ela é empreendedora social reconhecida como liderança comprometida com soluções para a crise ambiental atual e as mudanças climáticas pela rede internacional The Climate Reality Project e compõe o Conselho Consultivo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (ConSOC BID). No Território Litoral Sul da Bahia, compõe o SUL DA BAHIA GLOBAL, que tem como missão formular, estimular e fomentar o programa de desenvolvimento integrado da Costa do Cacau. Socorro conversará sobre a importância de Teodorico para seu mergulho nas lutas por políticas públicas e como o Instituto tem trabalhado durante a pandemia.

“Teodorico Majestade” continuará em cartaz durante todo o mês de agosto, às sextas e sábados, com transmissões sempre às 21 horas. Como a transmissão ocorre via internet, basta comprar um único ingresso para que toda a família possa assistir junta. Os ingressos são limitados, e estão à venda na plataforma Sympla por 10 e 20 reais, onde também será feita a transmissão. O público pode ainda ajudar o grupo com colaborações voluntárias de 50 e 100 reais, e dessa forma contribuir para a manutenção da Tenda TPI durante a pandemia. Além disso, todos os espetáculos do TPI têm uma porcentagem reservada gratuitamente para estudantes de escola pública. Para realizar a compra dos ingressos, basta acessar o site www.sympla.com.br/teatropopulardeilheus.

O espetáculo “Teodorico Majestade” está em cartaz desde 2006, montado como um posicionamento do Teatro Popular de Ilhéus diante dos escândalos ocorridos na cidade, e sua repercussão contribuiu para a mobilização da população ilheense contra o então prefeito Valderico Reis, tendo histórica importância na cassação de seu mandato em 2007. O espetáculo é uma sátira política em formato de cordel sobre um prefeito prestes a perder seu mandato por conta de denúncias que vieram a público, construindo um protesto bem-humorado que mostra o lado ridículo dos bastidores da política corrupta e que, ao mesmo tempo, conclama o povo a exercer seus direitos de cidadão. Na obra, Teodorico, Prefeito de Ilha Bela, está prestes a perder seu mandato depois que uma onda de denúncias de corrupção tomou conta dos noticiários. Até um grupo de teatro resolveu fazer um espetáculo sobre ele. Agora, está acuado, pressionado a assinar seu pedido de renúncia.

Fundado em 1995 por Équio Reis (in memorian), o grupo já produziu dezenas de espetáculos, tendo circulado em diversas cidades do Brasil, chegando também a se apresentar na Europa. A partir de pesquisas e criações, o TPI interfere positivamente no município de Ilhéus e região, promovendo debates, encontros e estudos que contribuem para a formação cultural de seu público. A longevidade do Teatro Popular de Ilhéus é um indicador de um projeto de empreendedorismo cultural exitoso que tem um planejamento à longo prazo bastante sólido e em constante avaliação. Em 2020 completa 25 anos de existência, cujas comemorações contarão com a publicação do livro “A vida é uma rima”, um ensaio biográfico do Teatro Popular de Ilhéus que está sendo escrito pelo crítico teatral e jornalista Valmir Santos. Além disso, antes da pandemia o grupo vinha se preparando para estrear o espetáculo “Sonho de uma noite de verão”, cuja montagem será retomada quando a programação da Tenda for normalizada.

O Teatro Popular de Ilhéus está localizado na Avenida Soares Lopes, em Ilhéus, e é uma instituição cultural independente, atualmente mantida pelo programa de Ações Continuadas de Instituições Culturais – uma iniciativa da Secretaria de Cultura da Bahia com recursos do Fundo de Cultura do Estado da Bahia, mecanismo que custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada.

 

História em primeira pessoa


Mariana Benedito


Quando a gente lê, ouve, escreve ou conta uma história, a primeira coisa que ela precisa ter é um narrador. O sujeito que está contando, que está observando, que está passando sua visão. Aquele que descreve como as coisas acontecem, como as cenas se constroem, as ações dos personagens e suas consequências. Identificar quem faz a narrativa é primordial em uma história. E pode mudar completamente o rumo dela, meu amado leitor.

Uma história contada em terceira pessoa tem um efeito; ela descreve o cenário, os personagens, vê as cenas de fora, temos a sensação de sermos expectadores. Uma história contada em primeira pessoa é completamente diferente. O personagem se coloca no enredo, a gente consegue acompanhar seus pensamentos, emoções, quais passos ele pretende dar e a forma como ele lida com as consequências deles. Numa história contada em primeira pessoa, o personagem assume suas ações, assume a responsabilidade.
E onde eu quero chegar com tudo isso, você pode está aí se perguntando, não é mesmo? Pois bem, meu amado ser que me lê aí do outro lado, a sua história está sendo contada como? Você tem contado a sua história, a sua vida em primeira ou em terceira pessoa?

Contar a nossa história em terceira pessoa é colocar nas circunstâncias, do mundo, na vida, nos outros as razões pelas quais você não caminhou aos passos que gostaria. É ir caminhando sem se saber onde quer chegar, o que quer alcançar, o que é essencial e o que é um propósito para você. É responsabilizar Deus e o mundo pelos seus infortúnios e não sair do lugar. “Sim, Mari, mas eu perdi meus pais, minha casa, meu emprego e não tenho mais ninguém nessa vida!” É realmente uma situação das mais desesperadoras, mas é o que existe agora. Esta é a sua realidade a partir de agora. O que você fará com ela?

Contar a sua história em primeira pessoa é assumir a tarefa de fazer o melhor que puder com o que se tem agora, com o que já nos foi dado, com as ferramentas que já foram adquiridas. É assumir a responsabilidade de cuidar da própria vida, entendendo que a dureza faz parte do jogo. As dificuldades, dores e sofrimentos sempre vão existir e, volta e meia, irão nos visitar; mas o que faremos depois? Óbvio que um momento de pausa, de medo, de respiro, de hesitação é necessário também neste processo. Mas e depois? É a atitude que a gente tem depois que dita a narrativa da nossa vida, meu amado.

Viver é um risco constante. E amadurecer é pagar o preço disso. Narrar a nossa história em primeira pessoa é assumir o controle do barco – naquilo que nos cabe – e parar com as acusações sob efeito kamikaze, atirando para todos os lados as culpas dos porquês sua vida não é como você gostaria que fosse. Repara que contrassenso! Você coloca na mão de outra pessoa a responsabilidade pela sua vida. A vida que é só sua!

Assumir a sua vida como sua e você como personagem principal dela, ator ativo e não só expectador passivo, é entender que a gente não controla ou dita o que vai acontecer com a gente; mas o que fazer com tudo isso, a postura e atitude que teremos, isso a gente pode ditar. E é aí que mora toda a diferença.

Quando a gente escolhe contar a nossa história em primeira pessoa – sim, é uma escolha – assumimos as possibilidades em nossa vida. Escolhemos ser leais, escolhemos ser bons profissionais, escolhemos ter caráter, escolhemos ter integridade, escolhemos ter relações mais saudáveis. Escolhemos o caminho que vamos percorrer e damos os passos necessários. Um por vez.
Mas é preciso fazer uma escolha, meu querido leitor.
Como você está contando sua história?


Mariana Benedito – Psicanalista em formação; MBA Executivo em Negócios; Pós-Graduada em Administração Mercadológica; Consultora de Projetos da AM3–Consultoria e Assessoria.
E-mail: [email protected]
Instagram: @maribenedito

Amanda Maron lança em Copenhage “Um poema pra cada dor”


Amanda é filha do jornalista Maurício Maron, um dos mais conceituados profissionais de comunicação do Sul da Bahia.

“Um poema pra cada dor” é o livro que será lançado na Dinamarca, neste final de semana, pela comunicóloga Amanda Maron. Ilheense de nascimento, formada em Comunicação Social pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC) e com MBA em Marketing Digital, Amanda mora há quatro anos na Dinamarca, onde faz mestrado em Cognição e Comunicação, na Universidade de Copenhague.

A publicação é independente e pode ser adquirida pelo valor promocional de R$ 47,90 (frete incluído) até domingo, através de pedidos pelo email [email protected]. Em uma live que acontecerá no domingo (21), às 14 horas (horário de Brasília), a autora falará sobre a obra, com apresentação de poemas, todos musicados pela artista baiana Lígia Callaz.

A transmissão ocorrerá pelo instagram da autora. O prefácio do livro é assinado pelo professor Luiz Felipe Souza Coelho, Doutor em Física, professor do IF-URFJ, poeta e historiador. O professor escreve: “O fato é que açúcar dos sonhos corre nas veias da poeta, a menina que cria universos onde o infinito brilha no olhar. (Brilhará também no olhar do outro, do amor que talvez tenha sido em parte criado por ela mesma? Será relevante para um Deus saber se as criaturas do Mundo que criou o amam? Quem sabe?)”.

“Escrevi meu primeiro poema aos 13 anos. Nessa fase difícil, em que eu descobria o amor e suas dores, minha poesia era a minha forma de me curar. Esse livro é uma coletânea de dores e amores e amantes. E com minhas rimas eu divido com o público um pouco de mim”, destaca a autora.

“Desde pequena, desde aqueles dias em que eu passava por fachadas dentro do carro e tentava ler todas elas em voz alta enquanto descobria o sentido das sílabas, desde os dias em que, nervosa para entender, tentava ler os artigos do meu pai no jornal, eu sonhava em palavras”, completa.

Paralelamente ao lançamento da obra, a comunicóloga também está apresentando o site da sua nova empresa de escrita criativa (www.amandamaron.com) na Dinamarca, com tradução em português e inglês. “Escrever é a minha paixão e eu faço disso o meu trabalho e o meu hobby. Criar essa empresa é a realização de finalmente trabalhar com aquilo que eu amo e não sentir que estou trabalhando”, define o novo projeto.

Com mais de cinco anos de experiência em escrita criativa, edição de livros, direito autoral, e mídias sociais, Amanda também é autora e vende títulos neste site. Em ‘Serviços’, você vai encontrar uma seleção de serviços de comunicação, revisão de textos, edição e criação de texto, assim como voiceover, narração, storytelling e outros